Temas Polêmicos

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Suicídio e eutanásia — até que ponto viver vale realmente a pena? Que forças de âmbito social influem em uma atitude tida como essencialmente pessoal. Algumas culturas orientais têm na entrega da vida por uma causa, ou no suicídio em caso de desonra (estupro ou derrota, por exemplo) algo “normal”; mas na cultura ocidental é algo mal visto em qualquer circunstância — a diferença de mentalidade é bem ilustrada na cena do filme “O Último Samurai”, quando Ken Watanabe diz a Tom Cruise: “você recuperou a sua honra, deixe-me morrer com a minha”. A discussão ganha mais polêmica ainda com a eutanásia, quando um paciente em estado de saúde muito grave, cuja sobrevivência se dê em condições de grande sofrimento e muitas limitações, deseja “desistir” da vida. Vale lembrar que todas as questões médicas, psicológicas, sociais e culturais ainda se somam às religiosas. Exemplos: o Cristianismo condena a alma do suicida à pena máxima, e religiões reencarnacionistas consideram-no um prejuízo grave ao processo de elevação da alma. Estes são apenas alguns fatores que fazem do suicídio (e da eutanásia) assuntos complexos e polêmicos.

 Vícios – álcool, cigarro, tráfico de drogas, descriminalização da posse e legalização do comércio são alguns dos sub-temas relacionados a questão dos vícios em drogas — substâncias que agem sobre a mente causando alterações desejáveis a curto prazo mas causam dependência química e/ou psicológica, entre outros efeitos. Um dos itens mais discutidos dentro do tema é a interferência do Estado na determinação do que é lícito usar, produzir e comercializar; especialmente álcool, cigarro e maconha. A ineficiência no combate ao tráfico também abre precedente para que os defensores da “liberdade de escolha” defendam a descriminalização do comércio. Mas até quando se deve levar em conta a liberdade tendo em vista fatores como marketing, coerção social, educação (ou falta dela) e um sistema sócio-econômico que visa o lucro antes de qualquer outro objetivo? Polêmico…

Cotas raciais — Como dito anteriormente, apesar do racismo ser um assunto de extrema importância, eu não o coloco como um assunto polêmico porque não há polêmica sobre o assunto: racismo é preconceito, e qualquer tipo de preconceito é ERRADO e TEM QUE ACABAR! Entretanto, a questão das cotas raciais — em processos de seleção para cursos universitários, por exemplo — levanta questionamentos e discussões inclusive entre os que, ao menos em teoria, são os beneficiados pela reserva de vagas a afro-descendentes (não sei se existe o mesmo mecanismo para outras etnias). Eu vejo como principal argumento a favor das cotas a necessidade de uma “medida de curto prazo” para compensar o prejuízo social sofrido especificamente pelo negro durante os séculos em que faziam trabalho escravo no país. E como principal argumento contra, as dúvidas sobre se esse mecanismo realmente ajuda no pagamento dessa dívida, ao menos a ponto de compensar o próprio acirramento das tensões em torno da questão; além de ser encarado, inclusive por uma parcela da própria população afro-descendente, como uma desqualificação de suas capacidades.
Por favor, isso é apenas um resumo, esse assunto é polêmico mesmo e tem muitos outros fatores envolvidos. A intenção aqui não é esgotar o tema, mas apenas apresentar um início de discussão ok?

Aborto – outro assunto em que eu simplesmente não consigo fechar uma opinião, pois há bons argumentos contra e a favor, além de questões relacionadas em que não há respostas conclusivas nas quais basearmos nossa decisão. Liberdade sexual da mulher, quando a vida se inicia, o direito à vida, casos de gravidez decorrente de estupro, princípios humanistas e/ou religiosos, as consequências para a mulher e também para o feto/criança; estes são apenas alguns fatores que fazem do aborto uma questão complexa.

Pena de morte – insegurança, violência, direitos humanos, crimes hediondos, despesas com a manutenção de criminosos considerados irrecuperáveis, dúvidas quanto ao efeito da punição na redução da marginalidade, a possibilidade de reincidência do crime, fatores psicológicos e psiquiátricos. Questões religiosas, filosóficas, científicas e práticas contra e a favor da pena de morte fazem deste um assunto, na minha opinião, digno de figurar neste top 10.

Maconha – e então, legaliza já ou não? São muitos os componentes que fazem desse assunto uma mistura explosiva: o fato de ser “uma erva natural”, utilizada inclusive por povos antigos, suas alegadas propriedades medicinais, o combate ao tráfico, o potencial de deixar ainda mais alienada uma sociedade já abalada pelo vício em cigarro, álcool e outras substâncias que alteram o estado natural da mente, as suas propriedades não tão medicinais e, especialmente, a falta de pesquisas científicas conclusivas sobre benefícios e riscos. Eu, pessoalmente, acho a maconha simplesmente dispensável (ver o artigo A Festa da Vida), assim como qualquer substância com a exclusiva finalidade de alterar o estado de consciência; mas, enfim, nem por isso posso deixar de considerar a relevância do assunto para outros seres pensantes.

Vida inteligente fora da Terra – pela influência que este assunto pode ter em outros itens desta lista, incluo a questão da existência de vida inteligente fora da Terra nesta lista. De um lado, fraudes, fanáticos e, principalmente, a falta de evidências realmente conclusivas — ou ao menos que possam convencer boa parte dos bilhões de habitantes da Terra. De outro, as “pistas circunstanciais” (como as citadas no livro “Eram os Deuses Astronautas” e em teorias como a dos Annunakis) em ruínas de povos antigos, e a própria imensidão do espaço que, como dito no filme “Contato” (com Jodie Foster)

 

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